Subestação

Notícias A- A+

29 de abr. de 2021 Riscos climáticos para a infraestrutura

Na série de apresentação dos trabalhos da CGT Eletrosul selecionados para a etapa nacional do 1º Prêmio de Inovação das Empresas Eletrobras, abordamos a solução intitulada “Avaliação de risco estrutural e operacional para linhas de transmissão da CGT Eletrosul considerando os impactos da mudança do clima”.

Com coordenação de Diego Luis Tedesco Dandolini, engenheiro civil da Divisão de Engenharia de Manutenção de Linhas de Transmissão, a autoria é creditada a uma equipe multidisciplinar de profissionais da CGT Eletrosul e externos. Aprovado na categoria Socioambiental, o projeto é um dos três finalistas que representarão a empresa em evento de exposição virtual no dia 27 de maio, quando serão anunciados os vencedores da premiação. 

Projeto Internacional

O trabalho inscrito é resultado da participação da companhia na iniciativa “Ampliação dos Serviços Climáticos para Investimentos em Infraestrutura” (CSI, na sigla em inglês), que envolveu Brasil, Costa Rica, Vietnã e países da bacia do Nilo e foi financiada pela Agência de Cooperação Alemã (GIZ). 

O objetivo foi aprimorar os serviços climáticos nacionais quanto ao planejamento e à avaliação de riscos climáticos para investimentos em infraestrutura, no contexto da implementação dos processos da Política Nacional de Clima – Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA). A CGT Eletrosul foi convidada a integrar o programa devido à sua infraestrutura estratégica e prioritária para a população. O Porto de Itajaí também participou do projeto.

Com cerca de dois anos de duração, concluído em dezembro de 2019, o CSI buscou fomentar a consideração da alteração do clima como premissa para empreendimentos de infraestrutura. O propósito foi diminuir a distância de linguagem entre quem provê serviços climáticos e quem depende dele – no caso da empresa, os profissionais de operação e manutenção.

Foi utilizado o protocolo Public Infrastructure Engineering Vulnerability Committee (PIEVC) para avaliar o risco climático e a vulnerabilidade das infraestruturas. A equipe da CGT Eletrosul foi capacitada ao longo do projeto por engenheiros credenciados à metodologia da Engineers Canada, desenvolvendo as etapas de 1 a 5. 

Com base neste método, a companhia inovou em sua forma de aplicação quando propôs uma análise de linhas de transmissão de maneira geoespacializada, com potencial de escalabilidade para outros ativos, a partir do conhecimento do comportamento das variáveis climáticas que impactam as infraestruturas nos cenários atual e futuro. 

Outro fator que pode ser tido como inovador está relacionado à própria abordagem do tema, que considera examinar o efeito das mudanças climáticas nas estruturas e na operação de LTs, algo pioneiro no Brasil e que torna este um dos poucos projetos deste tipo no portfólio da Engineers Canada.

As linhas de transmissão Itá – Salto Santiago e Biguaçu – Blumenau (525 kV) foram analisadas quanto aos seus riscos climáticos, com criação de uma matriz de avaliação, baseando-se em dados de clima atuais e futuros, e identificação de medidas de adaptação para que os investimentos sejam melhor aplicados (algumas já implementadas e outras, com potencial de execução). 

Resultados

As principais ameaças climáticas consideradas nos estudos foram ventos fortes e chuvas, que impactam estruturalmente as LTs; e descargas atmosféricas, ventos amenos (levando em conta velocidade e direção), temperatura e radiação, que afetam a operação. As linhas examinadas estão localizadas em regiões com diferentes características climáticas (Litoral e Oeste catarinenses). 

O resultado foi um método que aponta quais torres têm maior chance de sofrer danos sob eventos climáticos, o que possibilita atuar de forma mais direcionada, analisando a resiliência das estruturas frente ao clima. A iniciativa também desenvolveu uma ferramenta para gerenciamento de riscos climáticos dentro da CGT Eletrosul, procedimento que poderá ser replicado a outras LTs e ativos, trazendo importante contribuição como boa prática de gestão.

Outra consequência relevante do CSI foi mostrar aos órgãos reguladores que a região Sul apresenta fatores climáticos diferentes de outros lugares, e que isso deve ser previsto e considerado já em editais e projetos básicos de leilões. Isso tende a gerar ganhos em todos os sentidos, inclusive no atendimento da população.

Existe a possibilidade de expandir essa análise para todas as linhas de transmissão da companhia. Além disso, a holding está estudando maneiras de adotar o CSI como referência nas Empresas Eletrobras.


Assessoria de Imprensa | CGT Eletrosul

(48) 3231-7588 | imprensa@cgteletrosul.gov.br

voltar        topo da página

CGT Eletrosul
Rua Deputado Antônio Edu Vieira, 999 - Pantanal - Florianópolis - SC.
Telefone: (48) 3231-7000
  • Siga-nos pelo Facebook
  • Siga-nos pelo Twitter
  • Siga-nos pelo Youtube
  • Siga-nos pelo Instagram
  • Siga-nos pelo Youtube