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Justificativa

 
 
Para redução do consumo energético, a adequação do projeto arquitetônico é o item que exige menores investimentos e proporciona uma das maiores economias de energia.
 
No setor residencial o consumo em condicionamento de ar ainda é pequeno, mas cresce significativamente com o aumento do poder aquisitivo (SINPHA 2006, MME 2007 e PROCEL 2008), o que enfatiza a importância de incentivar uma mudança nas práticas construtivas no Brasil.
 
A Casa Eficiente foi projetada para atender ao padrão de uso residencial para uma família de classe média alta, com quatro pessoas.
 
Algumas iniciativas foram feitas no Brasil no sentido de implementar projetos de residências buscando um melhor desempenho energético e ambiental, como o projeto da Casa Autônoma (VIGGIANO,2001), a residência projetada pelo CASA da Unioeste-PR em parceria com a Copel, a Casa Ecológica desenvolvida no LPP/UFES, a Casa Solar Eficiente desenvolvida por programa do CEPEL e Casa Ecológica apresentada na FEHAB/Tecnohab 2003.
 
Porém, observam-se certas restrições nessas iniciativas. Alguns desses exemplos, apesar de demonstrarem soluções de projeto voltadas à economia de energia e conforto, tornam-se estanques por não oferecerem oportunidades para avaliação experimental do desempenho térmico e energético das mesmas, nem a disseminação dessas experiências. Outras destas iniciativas, por outro lado, como o projeto da Casa Solar Eficiente do Cepel, apesar de enfatizarem a importância de algumas tecnologias como energia solar térmica e fotovoltaica, não procuraram adequar o projeto arquitetônico a estas tecnologias e aplicar soluções de projeto que contribuíssem para diminuição do consumo energético e conforto. Além disso, na maior parte dos projetos, as soluções são adotadas isoladamente, sem uma busca pela integração de soluções de eficiência e sustentabilidade para o baixo impacto ambiental.
 
No exterior, destaca-se o exemplo dos projetos desenvolvidos pelo Canadian Centre for Housing Tecnology. Este Centro canadense desenvolve experimentos em residências construídas de acordo com as normas de eficiência locais (R2000), realizando a avaliação do seu desempenho energético através do monitoramento das variáveis internas. Porém, os resultados ficam restritos aos pesquisadores que os utilizam como base para atividades de consultoria, voltada para a indústria da construção. Neste caso, também se percebe que a pesquisa se concentra na influência da eficiência dos sistemas complementares, principalmente de calefação, sem ênfase na importância do projeto arquitetônico.
 
No caso da Casa Eficiente, todo o projeto arquitetônico, desde suas etapas iniciais de conceituação econcepção, buscou soluções para obtenção da eficiência energética, procurando também por soluções sustentáveis.
 
Segundo definição da Comissão Mundial de Desenvolvimento e Meio ambiente (WCED, 1987), a sustentabilidade baseia-se no “desenvolvimento de acordo com as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer suas próprias necessidades”. Portanto,  um projeto realmente sustentável deve considerar  seu impacto sobre as gerações futuras, onde os principais aspectos a serem considerados no ambiente construído são o uso da energia e da água, materiais, emissão de poluentes e o transporte.
 
A Casa Eficiente divulga tais conceitos e soluções, através da visitação pública e virtual, sendo que os resultados do monitoramento termo-energético desenvolvido pelo LMBEE subsidiarão publicações técnicas, cujas informações, destinadas ao setor residencial e construção civil, contribuirão para o desenvolvimento de projetos adequados ao meio ambiente.
 
Em 19 de dezembro de 2001 foi regulamentada a Lei nº 10.295 de 17 de outubro de 2001,  que dispõe sobre a política nacional de conservação e uso racional de energia. Essa lei estabelece os níveis máximos de consumo de energia e mínimos de eficiência energética, não só para aparelhos e máquinas fabricados no Brasil, como também, para edificações construídas. Esses níveis serão estabelecidos com base em indicadores técnicos e regulamentação específica, coordenados pelo Ministério das Minas e Energia.
 

Nesse sentido a Casa Eficiente se torna um importante instrumento educativo para implementação e incentivo à aplicação de tais dispositivos, uma vez que divulga junto ao público os benefícios econômicos e ambientais de um bom desempenho térmico em uma edificação, com projeto adequado às características climáticas da região e ao conforto térmico dos ocupantes.

 
  Concepção do Projeto
 

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